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Homenagem Especial 2019

JOSÉ RAIMUNDO PEREIRA | MESTRE JUCA

Nasceu, casou e faleceu em Ouro Preto, e recebeu formação escolar até a quarta série do ensino fundamental. O trabalho no Museu da Inconfidência em 1939 possibilitou os primeiros contatos com canteiros. A cantaria comum no período colonial pouco deixou no século XX. Assim, tornou-se necessário trazer mão de obra externa para a restauração dos monumentos coloniais em 1930. A experiência do Mestre Juca com os canteiros estrangeiros marcou a sua vida laboral de 1980 até a sua morte em 2006. Por mais de duas décadas, o Mestre Juca realizou inúmeras restaurações na região dos inconfidentes como, por exemplo, as restaurações: Ponte de Marília de Dirceu, Cruz da Ponte do Pilar, Cruz da Matriz de N. S. da Conceição e o Cruzeiro de Lavras Novas. Porém, a vida dedicada ao labor não se resumia a uma técnica, pois havia também a necessidade de manter o que se aprendeu. Por isso, o Mestre Juca também foi decisivo na criação da Oficina de Cantaria (UFOP) que, desde 2000, atuou na formação de uma nova geração de canteiros para o campo da restauração, bem como na permanente sensibilização de crianças e jovens no campo da educação patrimonial. O trabalho, a comunidade, o resgate da técnica e a conservação do patrimonial edificado mineiro se entrelaçam na vida desse mestre canteiro ouro-pretano contemporâneo. Em razão do seu trabalho recebeu a medalha do Aleijadinho em 1999, Honra do Mérito Cultural (Conselho Nacional de Política Cultural e Ministério da Cultura em 2002), e Medalha Bernardo Pereira de Vasconcelos Cultura (Câmara de Ouro Preto). Carlos Alberto Pereira.

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